quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Missão Espanha-Inglaterra 6: Boombang Games

Uma pequena empresa, com 15 funcionários, que mantêm um jogo de realidade virtual voltado para jovens de 9 a 16 anos, semelhante ao Second Life e Pinguim, este último da Disney.

Uma boa visita para mostrar o potencial de pequenas empresas no mundo virtual. Um exemplo que poderia ser fomentado no Brasil por políticas públicas.

É financiado pelos micros pagamentos – uma tendência sendo confirmada. Os recursos vêm de assinaturas mensais baratas, venda de “moedas de ouro” no game (com que comercializam outros produtos virtuais), venda de espaços publicitários no mundo virtual, como placas, salas temáticas, mailling, relatórios de citações sobre a empresa. Mas confessam que também têm dificuldades de convencer patrocinadores para tal.

Teve mais de dois milhões de acessos e é um negócio, não milionário, mas rentável e de larga expansão.

O jogo, a primeira vista, não é exatamente um exemplo de um bom produto para jovens pois deixa aberta a possibilidade de bulling e troca de violência, como ‘socar’ uns aos outros. Tem moderadores, instrumentos de vigia, mas não me pareceram tão seguros.

Não tem contato com profissionais de universidades especialistas em crianças, chegando a ter o preconceito de que eles só atrapalham pois transformariam o jogo em algo didático demais. Essa é uma opinião que iria escutar em outras ocasiões na missão. Assim também é pensado muitas vezes no Brasil. Por um lado, é mesmo um preconceito pois não faltam exemplos de projetos desenvolvidos em conjunto entre comunicadores e educadores que atendam o entretenimento sem perder sua função educacional. Mas, por outro, reflete também a precária formação do profissional de educação para os meios de comunicação eletrônicos a ponto de não conseguirem fazer a sua transposição para o segmento. Pensava se tratar de um problema nacional. Não é.

No entanto, enquanto negócio, é promissor e pode ser um exemplo a ser seguido em um modelo de fomento. Se pudermos colocar o compromisso social com uma formação adequada dos jovens, tanto melhor.

Mas fica o alerta para pensarmos em intervenção também nos currículos para tentarmos ensinar a liguagem audiovisual na educação formal.

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