sábado, 11 de dezembro de 2010

Conselho Curador da EBC reafirma sua preocupação com o campo público de TV

Fui participar da Audiência Pública do Conselho Curador da EBC. As informações completas você pode conferir no site da ABTU e no Boletim (aquele que, se você ainda não recebe, está perdendo tempo se ainda não enviou uma solicitação grátis para boletim@abtu.org.br).

O que importa aqui é repercutir o que considero o mais importante: que parte significativa do Conselho Curador da EBC realmente acredita que deve representar o campo público de TV como um todo, não só os interesses da diretoria da EBC.

Não é essa a opinião da presidente Tereza Cruvinel, o que ela faz questão de deixar claro sempre que possível, em audiências públicas ou na reunião do colegiado: "O Conselho da EBC é para atender as demandas unicamente da EBC".

Bem, basta dar uma olhada na lei que criou a EBC (Lei nº 11.652, de 07 de abril de 2008) para ver escrito, com todas as letras, que compete a EBC "estabelecer cooperação e colaboração com entidades públicas ou privadas que explorem serviços de comunicação ou radiodifusão pública (...) com vistas na formação da Rede Nacional de Comunicação Pública". O grifo é meu para mostrar que não é somente com as emissoras estatais que deve ser feita a rede.

Ao Conselho é claro a sua precedência pois ele tem natureza deliberativa sobre a diretoria da EBC (que sequer pode votar nos debates) e que compete a ele, Conselho, "zelar pelo cumprimento dos princípios e objetivos previstos nesta Lei", assim como "encaminhar ao Conselho de Comunicação Social as deliberações tomadas em cada reunião".

Essa obrigação de encaminhar ao natimorto CCS suas deliberações prova a força que o Conselho Curador tem enquanto provedor de propostas de políticas para a TV pública no Brasil. Da mesma maneira, tais questões asseguradas em lei demonstram que, caso seus membros julguem, como defendido por alguns conselheiros, que as entidades devem ser ouvidas, e/ou serem representadas pelo colegiado ou mesmo que participem mais efetivamente dos encaminhamentos da construção de uma verdadeira rede pública de televisão, o Conselho Curador têm a autoridade e precedência sobre o assunto.

Portanto, o Conselho Curador da EBC é muito mais do que alguns gostariam que fosse.

Aliás, nenhuma surpresa sobre isso. Como faço questão sempre de lembrar, essa história toda surgiu quando as quatro entidades, ABTU, ABEPEC, ASTRAL e ABCCom, resolveram, em 2006, bancar o início desta coisa toda ao realizar o I Fórum de TV's Públicas, em parceria importantíssima (e, naquela ocasião, isoladamente), do Ministério da Cultura. Daí surgiu a EBC e praticamente boa parte do texto da lei, inclusive aquele que determinava o papel do Conselho e da diretoria.

Tivemos um papel importante na criação da EBC e na formatação de sua gestão com o Conselho Curador. Gostaríamos muito de ver o retorno deste empenho na sua representação social em relação aos seus idealizadores.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Missão Espanha-Inglaterra 4: CCRTV TV pública da Catalunha

A impressão da TV da Catalunha é muito semelhante à de Valência, confirmando as opiniões acima. Mas a visita acrescentou alguns aspectos importantes.

Estão preocupados e focados com o Connect TV, não só como modelo de negócio, mas como uma espécie de obrigação de continuidade do projeto da TV pública. “O acesso fácil e gratuito é o mais importante para nós”, independente da plataforma usada. Neste sentido, investem em IPTV, em VOD, novas marcar e conteúdos adaptados às novas mídias, inclusive imaginando também modelos de negócio para elas, como a adaptação de suas séries em versões de 3 minutos para serem exibidos no celular.

“Novas TIC não são para reproduzir o que já tem nas tecnologias anteriores, mas fazer uma troca cultural”. Tal afirmação poderia muito bem servir de bússola para as emissoras universitárias.

Assim como outras importantes dicas:

  • trocar a unilateralidade pelo diálogo com os telespectadores;
  • novas plataformas são novas mídias e, portanto, tem novas formas de trabalho;
  • o negócio da emissora não é criar novas TIC, mas “comprá-las” e adaptá-las para a missão principal da emissora;
  • mas o negócio da emissora pode ser o licenciamento de sua marca (um celular vendeu 5.000 e um PC, 1.000, números ainda baixos mas que mostram a potencialidade);
  • os consoles de games também estão sendo pensado para utilizar como plataformas de exibição e interatividade com as emissoras, algo não utilizado no Brasil (mas que poderia ser, no mínimo, para interagir com os jovens).
  • a missão de uma TV pública, além de informar, fomentar cidadania etc, é também entreter;

Neste sentido, não há o pudor brasileiro de exibir filmes comerciais (cada vez mais fáceis de serem negociados, de acordo com os dirigentes), como Crepúsculo e séries norte-americanas. O benefício é atrair o público para assistir as demais produções locais e de real interesse da missão da emissora. Que, por sinal, também mantêm 60% de programação própria.

Outra parte importante é a comercialização do canal. No Brasil, por conta da pressão das emissoras comerciais, mas também por excesso de pudor com a educação (que não pode ser maculada pelo capitalismo publicitário), nem se discute alternativas de comercialização de seus espaços. Pois lá é uma questão socioeconômica: se não houver o espaço para o comerciante local, há uma concorrência desleal com o empresário nacional, com sua propaganda nas grandes redes. Na Catalunha, acrescenta-se a questão da língua local. Se não houver um espaço local, não há como desenvolver um segmento publicitário catalão (com agências e fornecedores).

Essa é uma reivindicação de uma pequena parte das emissoras do campo público, mas marginalizada, inclusive, pelos demais pares. A emissora catalã, e a legislação regional, adotam os mesmos critérios reinvidicados por esse pequeno segmento: comercialização dos intervalos com diferenciais das emissoras comerciais, tanto quanto aos conteúdos (excluindo bebidas alcoólicas, cigarros etc) como no tempo dedicado aos espaços publicitários. No caso da emissora, eles exibem apenas 8 minutos de intervalos por hora, embora a legislação permita até 12 minutos. “Fazemos isso justamente para reafirmar a diferenciação com as TVs comerciais e a validade da normatização”.

A visita também foi mais um cravo no caixão da interatividade como foco da TV Digital espanhola. “Na Espanha, a interatividade na TV Digital já nasceu morta”. O canal de retorno para as poucas propostas de interatividade em tempo real ainda é o telefone. Mas os representantes do canal acreditam que a internet logo tomará o lugar, passando ao largo da TV Digital.

Outros dificultadores: o público não quer pagar para ter interatividade; há poucos aplicativos (seria um bom mercado para uma possível indústria brasileira?), poucos set-top-boxes e, também, há outros sistemas mais eficientes.

Também eles estão em negociação com as fabricantes de aparelhos de televisão. Mas contam que o início das negociações foi, no mínimo, inusitado: “quando sentamos, nenhum dos dois sabiam se iriam cobrar ou pagar pelo serviço do outro”. O que se desenha – e imagino que o modelo deve chegar ao Brasil – é que as TVs seguirão a telefonia celular onde cada aparelho virá com um pacote embarcado de conteúdos pré-definidos. Algumas fabricantes já vendem aparelhos de TV com acesso à programação da CCRTV. “Estamos reescrevendo os negócios”.

Nos modelos de contratação, os macronegócios serão substituídos (ou complementados) por microfinanciamentos. “Menos pessoas, mais serviços”. Assim, as possibilidades de negócio deverão ser mais flexíveis, dar continuidade, não ter exclusividade, ser especialista e ter “conhecimento interno e ‘músculo’ externo”.

Alguns princípios importantes: entender os vetos de cada um e buscar soluções para eles. Ter uma tecnologia de fácil adoção, que possa ser trocado constantemente sem prejuízo para o usuário. “Tecnologia é mais estratégico que em outros setores”.

As universidades têm a relação clássica: a emissora recebe alunos, têm convênios, mas não há produção de conteúdo, exceto alguns produtos finais de um MBA, exibidos por um tempo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Uma terça emocionante!

Era para ser um tanto quanto burocrático. Talvez até desanimador. Final de semestre e de ano, todos muito ocupados. Mas não podíamos deixar a data em branco.

10 anos de ABTU!

Na parte da manhã, no CRUB - Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, na entrega do Prêmio da ABTU para as pessoas e instituições que mais contribuiram para a nossa entidade ao longo da década, teve mais emoção que eu imaginava.

Como eu disse, para mim era natural premiar essas pessoas pois é claro o quanto contribuiram para a ABTU.

Pelo jeito, não era assim tão natural para a maioria deles.

O melhor exemplo foi de Adriano de Angelis, garoto saído de uma TV Universitária (PUC TV Minas), foi surpreendido pelas boas lembranças de origem e demorou um tempo para voltar...

Eu mesmo me emocionei duplamente com as palavras do reitor Alencar, presidente do CRUB, lembrando nossos contatos anteriores, nem sempre em concordância, mas sempre leais e que resultaram em avanços para a ABTU.

Na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, uma audiência com a presença da Dep. Luisa Erundina (outra premiada, emocionada, no dia do seu aniversário). E com o incentivo sincero do Deputado Ângelo Vanhoni, presidente da comissão, e Dep. Pedro Wilson. E ainda saimos com propostas concretas.

Cobertura da Rádio Câmara fez um bom resumo, nas palavras do repórter Felipe Neri.

E ainda mais completa no próximo Boletim da ABTU.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Missão Espanha-Inglaterra 3: Canal 9 - Valência - Espanha


Certamente, um motivo de inveja saudável. Um canal público, com 1.700 funcionários e orçamento maior que a TV Brasil, para atingir um público local de cerca de 5 milhões de habitantes. A inveja não é por conta da estrutura (enorme, lembrando as antigas emissoras com estúdios monumentais), mas por conta da importância na produção independente (40% de tudo o que veiculam) e da ênfase no regional. Um ótimo exemplo é mostrar toda uma maratona local, disponibilizando as imagens daquele cidadão que correu, mas que chegou nas últimas posições, ainda sim completando a corrida (algo, certamente, a ser comemorado por ele mais do que uma vitória). Como eles dizem, “uma televisão de proximidade”.

Igualmente, como vimos no comentário anterior, eles também não dão muita importância para a interatividade. Mas já tem multiprogramação, o que também veríamos em outros canais.

Lembro que, exceto para os canais federais a nossa multiprogramação é proibida por decreto, inclusive para as emissoras do campo público.

Eles não têm conteúdo de universidades e seu contato restringe-se com participações acadêmicas ou estágios. Tal exemplo irá se repetir com as demais emissoras visitadas.

O modelo de TV Universitária no Brasil (um grande número de IES no segmento, uma associação que congrega seus interesses políticos, operacionais e tecnológicos, e uma rede de intercâmbio) não é copiado na Europa. Tal fato nos obriga a duas reflexões e atitudes: temos uma grande responsabilidade em dar certo, pelo ineditismo e sua eventual reprodução em outros países; e divulgar em eventos internacionais essa experiência, em benefício das próprias emissoras, mas também da excelência de nosso país.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Missão Espanha-Inglaterra 2 - Instituto Tecnológico da Informática – ITI

É um excelente exemplo de instituição que agrega todo um determinando segmento: empresas tecnológicas, centros tecnológicos, universidades, aliados operacionais e institucionais e clientes. No Brasil temos entidades semelhantes, mas me chamou atenção o número de projetos anuais e publicações, essa sim uma cultura a ser disseminada pelo nosso país. Daí nosso pequeno número de patentes e publicações internacionais, uma vez que, ou estamos voltados para a produção, ou para a vida acadêmica, tendo poucos pontos de contatos entre as partes.

Os projetos, embora encham os olhos (biometria facial, visão artificial, reconhecimento de voz), não são exatamente originais. Ou, talvez, os mais avançados não estavam à nossa disposição.

Gostei muito da missão da instituição: captar e analisar tendências e evoluções das TIC e as estratégias de investigação, além das políticas tecnológicas. Ou seja, tem uma preocupação com o olhar para frente, sem se descuidar com o rigor metodológico – deixando de ser apenas um apontador de rumos sem embasamento substancial - e, por último, encaixando, adaptando ou sugerindo sua aplicabilidade no mundo político real.

Também chamou a atenção o “Observatório Tecnológico”, um site com serviços de apoio ao segmento de desenvolvedores de tecnologia. Um instrumento de fácil implementação, embora seja mais árdua a sua manutenção. Seria um ótimo instrumento a ser copiado, se já não existe e simplesmente sou eu quem o desconheço. O “Observatório” me pareceu ser um projeto do qual o instituto se orgulha em manter.

Na reunião sobre TV Digital, embora tenha ido apenas um produtor, foi importante para mapearmos um pouco a realidade da TV Digital na Espanha. De lá sai a primeira notícia – que se repetiria em outras visitas – que as fabricantes de televisão são os novos e possíveis importantes atores do segmento (incluindo a questão da interatividade), já que estão lançando aparelhos com especificações locais, semelhantes como os aparelhos de telefonia. Embarcados neles, aplicativos gerais ou específicos por marca, por cidade e por serviços.

Outro depoimento, que também que será repetido em outros momentos da missão, é que a interatividade não se instalou, tanto na cultura de quem assiste, como naqueles que produzem, exceto por uma interatividade rala ou puramente comercial, como a que já acontece no Brasil, independente da tecnologia de TV Digital.

Para o produtor, “o tema da TV Digital está em aberto”. Ainda seria necessário o Estado estabelecer o que se pretende dela, algo que não se desenha no cenário próximo. Ele também não vê com otimismo o celular, mas acredita que a interatividade pode ressurgir como um bom instrumento desde que se invista nas crianças e na opinião dos usuários.

Reproduzo aqui tal relato porque é sintomático com o que vivemos, ou poderemos viver, no Brasil. Se estabelece, uma vez mais, um instrumento de fortalecimento do tradicional modelo vertical, de canais “cabeça-de-rede”, com os aplicativos de interatividade. Com isso, podemos caminhar para a mesma descrença que vivem os espanhóis e os ingleses (como veríamos nas visitas seguintes) em relação à interatividade. Sendo que o maior ganho seria justamente utilizar a tecnologia interativa para reforçar a comunicação local. Como exemplo, o produtor, inclusive, cita o caso de uma cidade do interior que, ao serem perguntados o que gostariam de ver através da nova tecnologia, as pessoas responderam que seriam os obituários. Em segundo lugar, as informações locais e, em terceiro, a disponibilidade de quadras esportivas.

Por fim, o produtor relatou que acha o Ginga avançado, a primeira das impressões semelhante que também recolheríamos ao longo da missão: temos um sistema avançado, talvez o mais avançado do mundo. No entanto, se, por um lado, ficou claro que eles não buscam uma interatividade plena, por outro, estamos com uma espécie de “Ferrari” dos midlleware na mão, mas sem plano de corrida, sem saber o que fazer com ela. Pior: se nada fizermos, ficará como eles, sem acrescentar a interatividade na cultura, e deixarão para que os fabricantes de equipamentos determinem o seu uso. Lembrando que temos problemas sociais que a Espanha e a Inglaterra já não têm, daí a necessidade de novas tecnologias para combatê-los, e a interatividade da TV Digital deveria ser uma delas.

Quanto às TVs Universitárias, também começou a se delinear uma impressão que serviria como uma das conclusões da missão para nós: a de que as TVUs poderiam e serviriam como os laboratórios ideais para se testar toda essa interatividade que reivindicamos, graças as suas características acadêmicas, de abrangência e de produtividade.

Eles têm uma TV universitária em sinal aberto, mas não me pareceram muito entusiasmados com ela. Não está digitalizada. O tempo curto não permitiu que pudéssemos visitá-la.

domingo, 14 de novembro de 2010

Conselho Curador da EBC: ABTU finalmente é ouvida!

Quem acompanha o Boletim da ABTU (se não, envie um e-mail com seu endereço eletrônico para boletim@abtu.org.br) já teve a notícia toda. Também está na nossa página. Aqui fica o resgistro do alívio. Finalmente alguém nos escuta.

Estamos brigando há muito tempo por uma coisa, no fundo, muito simples: a Constituição Brasileira no Art. 221.


Dos princípios lá na Carta Magna, costuma-se lembrar majoritariamente das "finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas", em contraposição à uma programação da TV Comercial que não levaria isso em conta.


Isso é muito importante, mas não o nosso foco principal.


Queremos o que está citado em dois dos quatro princípios do artigo: regionalização. Sem o local, não há democratização da informação. E toda a discussão sobre a TV Digital reforça o modelo da verticalidade: cabeças-de-rede em São Paulo, Rio e Brasília mandando sua visão de país para os pobres coitados das províncias.


O Multiplex Local não é um capricho ou um presente a ser dado pelo governo. É continuidade de luta, começada com sucesso em 1988, na Constituinte, e encarada com derrotas e vitórias na Lei do Cabo em 1995, quando, então, esperávamos o desenvolvimento da tecnologia para estarmos no sinal aberto.


Quando ela chega, parece que se esquece o passado. Toda a discussão hoje sobre sinal digital permanece nos 99,9% do que receberemos em casa vindo de outro lugar que não é o meu.


Os conselheiros me pareceram bem sinceros e sensibilizados. Sabem que têm limites. Mas é o único lugar que podemos contar. Em que podemos nos sentir representados. E, pela qualidade e disposição deles - mesmo com forças ao contrário - acredito que sim, podem fazer a diferença. Um documento deles tem mais força do que um lamento nosso.


Eu, particularmente, fiquei à vontade lá. A ABTU ajudou a concretizar aquela reunião, quando batalhamos pela lei da EBC, indo a todos os eventos no Congresso e em outras instâncias. Mesmo discordando de algumas formas de gestão no privado, sempre fomos parceiros no público.


E continuamos sendo. Ainda mais agora que já nos conhecemos melhor, em que pudemos ser ouvidos e acalentados.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Missão Espanha-Inglaterra 1: Missão possível e as TVs Universitárias em novos tempos

Como vocês ja devem saber pelo Boletim da ABTU (você ainda não é assinante gratuito? Mandejá um e-mail para boletim@abtu.org.br e peça para colocar seu importante nome no nosso mailling), estivemos em uma missão oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O MDIC organizou uma missão para Espanha e Inglaterra, entre os dias 23 e 30 de outubro, com o objetivo de promover, com base no intercâmbio e cooperação com a União Européia, o desenvolvimento de ações e projetos para estimular e desenvolver a indústria de conteúdos audiovisuais digitais interativos no Brasil nas áreas de TV Digital, videojogos e celulares. Tendo em vista a atuação em áreas comuns ao deste projeto, ministério convidou-me , representando a nossa entidade, para fazer parte da comitiva que reuniu apenas cerca de 20 especialistas de todo o Brasil.

A missão objetivava também colher informações e idéias para serem usadas como subsídio para a construção de um novo plano nacional para estas três áreas e para a convergência de mídias de curto, médio e longo prazo. Tal plano será apresentado ao novo governo e pretende também viabilizar um movimento que incentive a exportação e a internacionalização de pequenas e médias empresas, transformando o país em um pólo de produção audiovisual nestes segmentos.

Na visita, a Universidad CEU Cardenal Herrera e o ITI – Instituto Tecnológico de Informática, da Universidad Politécnica de Valencia, na Espanha; a CCRTV – Interactive, o Parque Barcelona Media, a Universitat Pompeo Fabra, a Boombang Games, e a sucursal da Ubisoft, em Barcelona; a BBC (foto), o Channel 4, a ITV e a empresa S&T em Londres.

Como há muita coisa para socializarmos, vamos fazer isso aos poucos. O objetivo é multiplicar as experiências vividas nestes dois países aos afiliados da entidade. Não há dúvidas que a missão deixa uma esperança para as TVs Universitárias: poucos estão se atentando para um novo caminho da comunicação audiovisual, que não é internet e tão pouco o modelo tradicional que conhecemos. E são esses caminhos que a universidades podem explorar fortalecendo seu tripé de ensino, pesquisa e extensão, certamente utilizando suas emissoras para isso.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Abtu reunida com SAv/MinC e Forcine para viabilizar parceria

O presidente da Abtu, Prof. Cláudio Magalhães, faz breve relato da reunião com a Sav/MinC e o Forcine, avançando no projeto conjunto de um programa de fomento a produção audiovisual estudantil.
Captação e edição em mobile N95.