Certamente, um motivo de inveja saudável. Um canal público, com 1.700 funcionários e orçamento maior que a TV Brasil, para atingir um público local de cerca de 5 milhões de habitantes. A inveja não é por conta da estrutura (enorme, lembrando as antigas emissoras com estúdios monumentais), mas por conta da importância na produção independente (40% de tudo o que veiculam) e da ênfase no regional. Um ótimo exemplo é mostrar toda uma maratona local, disponibilizando as imagens daquele cidadão que correu, mas que chegou nas últimas posições, ainda sim completando a corrida (algo, certamente, a ser comemorado por ele mais do que uma vitória). Como eles dizem, “uma televisão de proximidade”.
Igualmente, como vimos no comentário anterior, eles também não dão muita importância para a interatividade. Mas já tem multiprogramação, o que também veríamos em outros canais.
Lembro que, exceto para os canais federais a nossa multiprogramação é proibida por decreto, inclusive para as emissoras do campo público.
Eles não têm conteúdo de universidades e seu contato restringe-se com participações acadêmicas ou estágios. Tal exemplo irá se repetir com as demais emissoras visitadas.
O modelo de TV Universitária no Brasil (um grande número de IES no segmento, uma associação que congrega seus interesses políticos, operacionais e tecnológicos, e uma rede de intercâmbio) não é copiado na Europa. Tal fato nos obriga a duas reflexões e atitudes: temos uma grande responsabilidade em dar certo, pelo ineditismo e sua eventual reprodução em outros países; e divulgar em eventos internacionais essa experiência, em benefício das próprias emissoras, mas também da excelência de nosso país.
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