terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Confecom: TVs Universitárias na fita?

Devagar e sempre. Foi o que pareceu ser o ritmo da Conferência Nacional de Comunicação. Filas intermináveis pela manhã porque o sistema simplesmente invalidou as inscrições nos GTs feitas na internet e aí tiveram que fazer tudo de novo.

Assim, começaram atrasadas as palestras da manhã, mas que, na minha opinião, nem fez diferença. A primeira trouxe muitos dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) que reforçaram que a tecnologia, pouco a pouco, vai ligando as pessoas. Na segunda, da Argentina, o seu exemplo de reforma das comunicações. Material bom, mas não me pareceu que a maioria estava assim interessada, a ponto de levar contribuições para os GTs, que seria o objetivo das apresentações.
O problema maior foi a plenária sobre o regulamento. O que deveria durar uma hora, foram mais de três. Discussões pertinentes, mas minoria perante a uma série de radicalizações desnecessárias. Depois, já viu, almoço, cafezinho, bastidores...

Com isso, os GTs começaram por volta das cinco. A pauta era votar aquelas propostas unânimes. Foi feito. Mas, no meu grupo, a quantidade de coisa que ficou para ser debatido amanhã, até às 13 horas, desafia qualquer conceito de tempo.

Entre elas, três diretamente nos afetam: a de número 3933 propõe a ampliação do Projeto RITU - Rede de Intercâmbio de Televisão Universitária, a 5028 quer transformar os canais públicos criados na Lei do Cabo em redes abertas e a 4709 propõe financiamento do governo federal para a criação e ampliação de rádios e TVs universitárias. A primeira e a terceira bateram na trave e quase foram aprovadas por unanimidade, mas houve pedido de destaque aos 45 (o que leva para o debate) por representantes das organizações sociais e pela presidente da EBC, Tereza Cruvinel . Tomara que dê para manter. A outra, do sinal aberto, é um mistério sobre o que os empresários vão propor.

Mas me parece uma coisa: percebe-se, nas formulações das propostas, que os Fóruns Nacionais de TVs Públicas são importantes fontes conceituais e de inspiração. Como consequência, há uma introspecção das reivindicações. Por exemplo: as propostas acima vieram de estados onde sequer tínhamos afiliados da ABTU ou representante nosso na plenária estadual!

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